domingo, 7 de agosto de 2011

Processos Educacionais: Considerações sobre o Aprender e o Ensinar

A educação como prática social relaciona-se intimamente com dois processos: o ensino e a aprendizagem.


Encontramos frequentemente o uso dessas palavras no meio educacional, na qual o “ensino” é representado pela figura do professor, e a “aprendizagem” pela figura do aluno, constituindo, assim, o principio básico da escola. No entanto, Paulo Freire (2005) denunciou que “essas expressões são compatíveis com o que define uma “concepção bancária” de educação e não permitem o desenvolvimento de uma ‘prática educacional’ adequada”.
Desta forma, podemos compreender que esses termos ainda se encontram intrínsecas à concepção educacional tradicionalista, na qual o individuo é um sujeito passivo e o educador o detentor do saber.
Ainda sobre as definições para o “ensino”, bem como para a “aprendizagem”, Skinner (1972, apud Kubo e Batomé, 2001), comentou que:
a maior parte das definições são meras ficções verbais, convenções vazias que não se referem ao que acontece e sim aos efeitos que o uso desses termos tem sobre os ouvintes (outro tipo de “acontecimento” diferente daquele a que se referem as palavras utilizadas).
Assim, as discussões sobre ensino-aprendizagem devem ser refletidas de forma mais aprofundada, não levando apenas em consideração questões cognitivas, todavia indagando-se sobre qual o propósito do ato educativo, a quem serve, para que serve e como serve a prática de direcionar o saber formal. Acreditamos que uma das grandes preocupações que o docente deve ter em seu contexto educativo é o questionamento em torno daquilo que está lecionando, se parte realmente das necessidades bio-psico-sociais dos seus alunos.
Rego (2002, p.98) reafirma a teoria Vigotskiana, quando enfatiza a condição do sujeito produtor do conhecimento enquanto sujeito ativo em sua relação com o mundo e com os objetos cognoscentes, não reduzindo-se a mero receptor.
Portanto, entendemos que a prática educativa deve contemplar como fator preponderante, a realidade social em que estão inseridos todos os atores do contexto educativo, levando sempre em consideração os conhecimentos-prévios que os mesmos detém; sendo a escola a mediadora entre o saber prévio e o saber sistematizado. É importante que o processo de ensino possibilite a apropriação dos conteúdos e da própria atividade de conhecer, favorecendo assim a uma educação coletiva, na qual todos são sujeitos ativos no processo de assimilação dos saberes.

2 comentários:

Anônimo disse...

muito bom seu artigo amigo parabem para você,maximino

Millena Bezzerra disse...

Minha mãe é pedagoga e ela sempre tá falando sobre os processos de ensino, a qualidade da aprendizagem e bláblá [...]

Admito que não li tudo, mas volto mais tarde.

Passando para agradecer a visita e comentário lá no blog.

http://amorporclassico.blogspot.com

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