terça-feira, 18 de maio de 2010

Quem assume o fracasso escolar?



(Resenha)

ALMEIDA, Fernando José de. Quem assume o fracasso escolar.


No referido artigo, o filosofo Fernando José de Almeida, com uma visão altamente subjetiva, expõe sua crítica aos gestores das escolas por não concretizarem o aprendizado dos educandos. Para o autor, “é obrigação do gestor escolar garantir que os estudantes aprendam.”

O artigo está organizado em seis capítulos, dos quais, no primeiro e segundo, o filosofo atribui algumas atividades que o gestor exerce, cujo as funções primordiais do seu cargo acabam por se perder. Como por exemplo, ter que se preocupar com o telhado mal vedado, falta de um professor, recursos que não chegaram, enfim. Ainda, segundo ALMEIDA, de acordo com uma pesquisa feita pela Fundação Victor Civita (FVC), as três principais preocupações inerentes ao cargo deveriam ser: Dirigir a relação entre ensino e aprendizagem; Orientar para o saber; e, Gerenciar o conhecimento.

No terceiro, quarto e quinto parágrafo, tendo como referência o estudo apontado, o autor mostra os dados obtidos, no qual os gestores entrevistados não atribuem a si próprios a responsabilidade pelo baixo desempenho dos alunos. Segundo eles, a culpa é de outros fatores como, por exemplo, o governo, à comunidade, os professores, os alunos, e até mesmo as escolas.

No último parágrafo, o filosofo provoca uma reflexão dizendo que “o diretor não está sozinho nesse pensamento equivocado. Todos nós temos uma porção de responsabilidade.” No entanto, o mesmo reafirma que o gestor deve assumir sua tarefa de garantir a aprendizagem dos alunos.

Tendo em vista as afirmações feitas por Fernando José de Almeida, poder-se-á notar uma grande sobrecarga atribuída ao diretor escolar, de acordo com o autor. O gestor é responsável pela sua instituição, porém este deve direcionar as competências entre os que fazem parte do quadro da escola, de maneira a não sobrecarregar determinado cargo do organograma institucional.


Conclui-se então que o autor do texto apresenta argumentos um tanto quanto radicais, quando, por exemplo, diz que é de total responsabilidade do gestor todas as irregularidades existentes sob sua administração. Ele tem responsabilidade sim, porém precisa de pessoal competente, com um perfil que proporcione autonomia ao resolver problemas, sem ter que leva-los aos superiores, hierarquicamente falando.


Resenha crítica elaborada por:
Augusto César de França; e, Elmo Freitas de Oliveira. Os mesmos são acadêmicos do V período do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade Escritor Osman da Costa Lins (FACOL), e estágiarios do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologa (IF PE- Campus Vitória de Santo Antão - PE).

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